"O futuro das organizações - e nações - dependerá cada vez mais de sua capacidade de aprender coletivamente." (Peter Senge)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Aprendizagem Organizacional (AO)



A aprendizagem organizacional é um tema já bem conhecido nas disciplinas de organização. É um fenômeno sistêmico nas empresas que permanece independente das pessoas. Sim, as organizações podem não ter cérebro, mas são dotadas de sistemas cognitivos que elas mesmo desenvolvem e vão sendo impregnados na sua cultura por meio, principalmente, de rotinas ou procedimentos

.Apesar de alguns autores fazerem distinção entre organização de aprendizagem e aprendizagem organizacional, parece bastante razoável analisar e estudar o tema como um único contexto. O que é claro é que a aprendizagem organizacional é uma característica da organização de aprendizagem (a organização que aprende).



O QUE É APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL? O funcionário ganha cada vez mais ênfase no cenário empresarial. De simples executor de tarefas passou a cliente interno, demonstrando assim sua importância na sobrevivência das organizações. Novos estudos e técnicas surgem, demonstrando a importância desse elemento que até pouco tempo atrás não despertava a atenção de grandes estudiosos, como Taylor, por exemplo. Mas a realidade é outra. Cada vez mais as organizações percebem o valor de seus funcionários, denominando-os colaboradores. É uma grandiosa mudança de paradigmas. O que antes era descartável, agora passou a ser determinante. Descobriu-se que o homem, enquanto funcionário, pode pensar. Mais do que isso, descobriu-se que ele pode gerar conhecimento. Nesse contexto, surge o termo aprendizagem organizacional, levantado como a grande bandeira das organizações do futuro, chegando a ser considerada por alguns autores, como Kiernan (1998), como a religião da organização do futuro. Aprendizagem organizacional pode ser definida como “a aquisição de conhecimentos, habilidades, valores, convicções e atitudes que acentuem a manutenção, o crescimento e o desenvolvimento da organização” (GUNS, 1998, p. 33). “Uma organização que aprende é uma organização habilitada na criação, na aquisição e na transferência de conhecimento e em modificar seu comportamento para refletir novos conhecimentos e percepções” (KIERNAN, 1998, p. 198). O processo de aprendizagem em uma organização não só envolve a elaboração de novos mapas cognitivos, que possibilitem compreender melhor o que está ocorrendo em seu ambiente externo e interno, como também a definição de novos comportamentos, que comprovam a efetividade do aprendizado (FLEURY E FLEURY, 1997, p. 20). Para esse novo processo, tão valoroso para o futuro das empresas, é necessário que existam condições propícias para o seu surgimento. Segundo Senge apud Fleury e Fleury (1997), são necessárias as seguintes disciplinas para o processo de inovação e aprendizagem organizacional: • Domínio pessoal: Por meio do autoconhecimento o indivíduo tem condição de aprofundar seus objetivos, concentrando esforços e passando consequentemente a ver a realidade de forma objetiva. • Modelos mentais: São idéias e imagens que contribuem para influenciar o indivíduo quanto ao seu modo de ver o mundo e seus atos. • Visões partilhadas: Dá-se a partir da percepção de um objetivo como concreto e real. Neste ponto o indivíduo passa a querer aprender por iniciativa própria e não mais por obrigação. • Aprendizagem em grupo: Nesse ponto a aprendizagem dá-se pelo diálogo. A apresentação de idéias, por parte dos membros integrantes, é fundamental para um raciocínio comum. • Pensamento sistêmico: Esta disciplina contribui para que se faça uma análise do todo e não das partes individualmente.



Uma organização que aprende é um processo
sócio-interpretativo-cultural de autodesenvolvimento.

O conceito de aprendizagem organizacional pode ser entendido como “um processo de apropriação de novos conhecimentos nos níveis individual, grupal e organizacional, envolvendo todas as formas de aprendizagem – formais e informais – no contexto organizacional, alicerçado em uma dinâmica de reflexão e ação sobre as situações-problema e voltado para o desenvolvimento de competências gerenciais”. Assim definido, o conceito é complexo e multidimensional, e apropria um leque de campos referenciais teóricos heterogêneos, como psicologia, sociologia, antropologia, cultura, metodologia, e gestão. Em relação às teorias organizacionais, o conceito se articula com as teorias interpretativas já estudadas, pois essas permitem que se defina a organização como um processo, o que concorda com o conceito de aprendizagem organizacional exposto que, usando a imagem das organizações como sistemas que se autodesenvolvem, permite definir a organização que aprende também como um processo, resultado de atitudes, compromissos, regras e estratégias da cultura da sua coletividade, cultivadas em um ambiente propício à aprendizagem, especificamente com as características de ser ao mesmo tempo individual e social que é interpretativo e compreensivo e, por isso, de mudança contínua, geralmente visando a melhorias.



Para Boog (1999), um processo de mudança deve contemplar o desenvolvimento do ser humano e da empresa em todos os níveis (identidade, relações, processos e recursos). A empresa só se desenvolve se as pessoas que a compõem se desenvolverem, e vice-versa.
A aprendizagem passou a ser fundamental para a sobrevivência das organizações, já que ela aumenta o conhecimento das pessoas, desenvolve habilidades, melhora o desempenho, possibilita assumir novas responsabilidades e proporciona satisfação pessoal.

Senge (1990) declara que o processo de aprendizagem na organização se dá oferecendo condições concretas para que as pessoas aprendam a criar sua própria realidade, auxiliando-as a compreender o contexto em que vivem e com ele interagir por elas próprias.

Drucker (1997, p. 64) aponta que “o grande aprendizado será a integração dos profissionais em várias equipes simultaneamente e só o domínio do conhecimento permite esta mobilidade”.

A aprendizagem acontece na medida em que as pessoas são estimuladas e respeitadas como seres humanos e atuantes em um processo de crescimento e desenvolvimento em que aprendem e ensinam muitos conceitos que trazem de sua experiência. As pessoas necessitam desenvolver-se por si mesmas para atender o que a organização ou ambiente profissional lhe demandam.



É “a capacidade de uma empresa se reinventarno atual cenário de incertezas quanto ao futuro e de mudanças na realidade, criando condições de se perpetuar no mercado a partir de vantagens que só a mesma possa ter, de acordo com seus recursos humanos disponíveis, as pessoas. Isto é, juntando pessoas e grupos de trabalho [...] em busca de criatividade, inteligência e conhecimento que possa alavancar o negócio de uma organização”.(Robeda)

Nas “organizações que aprendem as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar resultados que elas realmente desejam, onde maneiras novas e expansivas de pensar são encorajadas, onde a aspiração coletiva é livre, e onde as pessoas estão constantemente aprendendo a aprender coletivamente”.
(Peter Senge)

Material elaborado pela Professora Anicleide P. da Silva, 2007 (07/10/10 - 21h44m)


Segundo A. Organizacional

Existe um novo olhar para Aprendizagem Organizacional, hoje se percebe realmente a importância deste trabalho nas empresas e o quanto é fundamental o comprometimento das pessoas neste processo. Por ser inúmeros os benefícios trazidos com a aplicação seria e contínua, pois o engajamento leva a empresa e principal as pessoas ao conhecimento os tornando melhor em vários aspectos.

(Adriana Ribeiro, Fábio Alves, Juliana Melo, Mariana Martins e Vanessa Macedo)

Começamos o Blog apresentando vários conceitos sobre Aprendizagem Organizacional, mas vamos prosseguir seguindo principalmente os conhecimentos que adquirimos sobre o assunto com Peter Senge e por isso traremos a seguir as 5 Disciplinas em detalhe para aumentar o nosso entendimento sobre cada uma.

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